Gastos milionários na GALP
O Jornal EXPRESSO denuncia, na sua edição de 16 de Julho, aquilo a que chama Gastos milionários e Regalias de luxo praticadas na empresa com capitais públicos GALP em benefício de políticos, seus familiares e colaboradores.
Infelizmente sempre foi assim, na GALP e nas demais empresas sobre as quais os poderes públicos detêm poder. E não se vê que, no futuro, possa ser de forma diferente, pois está no seu código genético.
Por mais ingénuo que se seja, é impossível não ver que essa é a sua verdadeira função.
Acresce que estas empresas não estão sujeitas às restrições e vicissitudes das restantes, na verdade, quando, em virtude de tanto favor e desperdício, perdem a sua competitividade não vão à falência. Nessa altura aparece o Estado para as salvar, quer injectando-lhes dinheiro, quer concedendo-lhes prerrogativas especiais (é claro que hoje em dia estas coisas são, em grande medida, subreptícias, mas é sabido que o Estado continua a faazer este tipo de coisas).
Aliás, mesmo que, apesar de tanta sacanice, estas empresas mantivessem a sua competitividade, a situação não deixaria de ser gravosa para os contribuintes na medida em que ou implicaria um sobrecusto nos bens e/ou serviços por elas fornecidos ou uma diminuição dos lucros distribuidos (a receber pela entidade pública em causa).
É por isso que este tipo de coisas é não só imoral como um roubo aos contribuintes!
A única forma de acabar com estas situações é acabar com as participações de entidades públicas (por ex. do Estado, das Regiões Autónomas e das Autarquias Locais) em empresas. Pelas razões que atrás se aduziu, ganhariam os contribuintes e os consumidores. Mas também ganharia a economia em geral, e por consequencia o país e todos nós, na medida em que passaríamos a ter mercados mais eficientes, racionais e transparentes.
Por isso, a moral a tirar desta história, que mais não é que A História das Empresas Públicas, é. há que acabar, com urgência, com as participações públicas em empresas!
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