segunda-feira, agosto 29, 2005

Portugal de Sucesso















Sabe que está a comer uma cereja do Fundão quando mordisca um bombom Mon Chérie? Que os talheres Cutipol, concebidos e fabricados nas Caldas das Taipas, estão à mesa do sheik no Dubai e cada vez mais a substituir os pauzinhos japoneses? Que há estrelas de Hollywood a compor o charme com sabonetes produzidos em Vila do Conde? Que o azeite português chegou à prateleira do prestigiado Harrod's? Que os fogões Meireles aumentaram os fornos para que os árabes fossem capazes de lá assarem cordeiros inteiros?São empresas portuguesas que perceberam que uma marca é essencial para as transacções no mercado global, que inovar e criar coisas diferentes é meio caminho andado para conquistar nichos de clientes. Aconteceu com a HJN, uma têxtil de Famalicão. Em colaboração com o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (Citeve) produziu um tecido adoptado pela NASA. Pode acontecer com muitos outros. Afinal, o toque português anda pelos quatro cantos do mundo. Quando escolhe umas sapatilhas Fly London, um pólo Throttleman ou um azeite Mafyl não está a comprar estrangeiro, não senhor. Acabe-se então com o choradinho nacional e contrarie-se a ideia de que somos a «China da Europa» e só sabemos vender mão-de-obra barata. Também temos design e qualidade. As marcas portuguesas já chegaram à Austrália ou ao Japão, já circulam no continente americano. Falta a coragem de associar cada vez mais o nome Portugal ao produto, saindo definitivamente do esconderijo. (continua em visãoonline)