terça-feira, setembro 13, 2005

É possível vencer a retórica intervencionista e igualitarista

A retórica intervencionista é de tal forma hábil na sedução que, mesmo com todas as lições da história, parece ser impossível os povos resistirem-lhe. É como naquela metáfora em que um homem sabe que uma certa mulher já desgraçou uma dúzia de outros homens mas, mesmo assim, deixa-a aproximar-se e extorquir-lhe tudo o que tem. A sua beleza é tão hipnotizante que, para poder ficar com ela um pouco mais, vai endividar-se para satisfazer os seus caprichos. Pouco depois, percebe que foi usado, abusado e descartado, e então volta ao trabalho árduo para reconstruir a sua vida. Sucede que, quando pagou as dívidas e acumulou algum pecúlio, ela volta e ele deixa-se seduzir e novamente volta à desgraça.
Um bom exemplo da força hipnotizante do canto da serpente intervencionista e igualitarista foi o recente
acto eleitoral Norueguês. Na verdade, depois de alcançar excelentes resultados económicos, com a correspondente melhoria de nível de vida para a população, os Noruegueses deixaram-se hipnotizar pelo canto da serpente e deram a vitória aos partidos que defendem uma inversão da política económica. A seu tempo perceberão o erro, mas talvez reincidam…
Mas é possível quebrar esta lógica; é possível os povos ganharem lucidez e não se deixarem enganar. Veja-se o caso Japonês.
Junichiro Koizumi teve a coragem de romper com os preconceitos estatizantes e o povo deu-lhe razão.