quarta-feira, setembro 07, 2005

Precisa-se adulto, educado, fresco...
Clara Ferreira Alves
Diário Digital

21-07-2005

Ser ministro não é o que era no tempo de Dias Loureiro, essa saudosacriatura que disso ao progenitor, no dia em que foi empossado por CavacoSilva, essa não menos saudosa criatura, PAI, SOU MINISTRO!

Ser ministro, hoje, é uma chumbada e um monte de problemas mal pagos, quenão atraem nem um funcionário público daqueles com trinta anos decarreira e uma reforma evanescente. Ser ministro, hoje, é andar a reboquede jornalistas, colunistas, carreiristas e carteiristas e ainda por cimater de aturar os primeiros e últimos istas de todos, os socialistas, quecontratam independentes e querem que eles se portem como oportunistas departido.

Não espanta que ao fim de um mês no cargo, os ministros independentescomecem a cair das árvores como fruta apodrecida e engelhada e se demitamresignadamente alegando motivos pessoais, de saúde, familiares e cansaço,muito cansaço. Desde o saudoso Guterres, outra criatura que por aí anda,que assistimos a isto. A seguir à demissão, os ministros vão de férias ereaparecem nos lugares donde saíram, conselhos de administração daqui edali, universidades, e outros postos de potestade ou rendimento queabandonaram num dia de fraqueza e amor à pátria.

O modo ideal de convencer um ministro a ser ministro e aceitar a maçada épôr um anúncio. Anda aí muita gente desempregada e com habilitações ecursos superiores que servem para nada e coisa nenhuma, e que decertoestarão dispostos a dar uma mãozinha a Sócrates e a aplaudir de pé aspropostas megalómanas dos seus ministros e matéria de investimentopúblico.

Um TGV entre Lisboa e Moimenta da Beira? Vamos a isso! Um aeroporto tipoHeathrow na Maia? Claro, o Porto precisa (e assim serve-se também otráfico de Santiago de Compostela e Vigo)! Uma nova Ponte sobre o Tejo emVila Franca de Xira? Já fazia falta! Uns Jogos Olímpicos em Lisboa, paraacabar a obra do Terreiro do Paço? Evidentemente. E por aí fora.Floresceremos de novo. Mas, atenção. Tem de ser alguém fresco, muitofresco, que beba apenas água, faça exercício, aguente noitadas e asconspirações do Largo do Rato, e corra a meia-maratona como o chefe. Degente cansada estamos todos cansados.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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12:30 da tarde  

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