segunda-feira, janeiro 30, 2006

A ouvir

Uma esclarecedora entrevista de Miguel Cadilhe a Carla Reis Costa (TSF) e António Perez Metelo (DN) no programa "Contas de Cabeça" da TSF.

"Reduzir o peso do Estado em um terço é bom para o País"

"Desejo que os resultados da acção do Governo estejam ao nível do que o País precisa, mas o tempo está contra nós. Lá fora, a cadência das mudanças é tal que não podemos abrandar."

"A redução da despesa corrente total não é inteiramente extrapolável para idêntica diminuição do emprego no Estado, mas, segundo os meus cálculos, para atingir o objectivo central, chego a valores da ordem dos 200 mil funcionários que deveriam sair."

quinta-feira, janeiro 26, 2006




A Noite Estrelada, 1889, Vincent van Gogh, Museu de Arte Moderna, Nova Iorque.

O Homem Light

Enrique Rojas
Uma Vida Sem Valores

Vida sem valores é a expressão que melhor traduz o tipo de homen que surgiu no últimos anos na sociedade ocidental de bem estar, que melhor define o “homem light”.
Enrique Rojas, médico humanista, retrata e denuncia neste seu livro aquele homem que magistralmente assim apelida de “light”.
Light é a palavra mágica que está na moda e com a qual se identificam certos produtos (tabaco, bebidas, alimentos).
Apresenta-o como um indivíduo materialista e hedonista, como um ser que tudo relativiza na ânsia de alcançar, sem mais, a meta por si traçada de bem-estar e prazer material.
No “homem light”, diz Enrique Rojas, há prazer sem alegria – nele se vê um homem intrigado e atraído por muitas coisas, mas sem vincular-se a nada.
E, por isso é infeliz e inseguro, estando longe daquele homem sólido que busca a verdade.
O “homem light” procura o absoluto do seu ponto de vista, convertendo-o em relativo – é vazio, não tem fundo.
Ser rico, ganhar muito dinheiro é o mais importante, é a melhor conta de apresentação nos ambientes “light”.
Este débil homem abraçou a permissividade, fazendo dela o seu código ético e que vai desde a tolerância ilimitada à revolução sem finalidade.
E essa permissividade, como acentua Enrique Rojas, revela-se em vários campos, designadamente no campo sexual, em que se chama “amor” a cada relação superficial e passageira, em que se confunde amor e sexo, dizendo-se quando se vai fazer sexo, que vai fazer amor – sexualidade vazia, idolatria do sexo, amor de rebaixas, amor light.
Como sair de tudo isto?
Responde o autor que o deixar de ser pessoa light só pode ser alcançado dando um passo da imanência para a transcendência, deixando o individualismo e o materialismo.
Necessitamos de um modelo de identidade para o homem das décadas vindouras, que será profundo, sábio, forte moralmente (a moral cristã é o melhor vector para a realização da eterna vocação transcendente do homem) e que terá coerência na sua vida.

Em suma, Enrique Rojas mostra-nos neste seu livro as chaves psisológicas do “homem light” e as vias de saída para a superação do grande vazio existencial que produz a falta de valores e de ideias.
- por João Fernando Magalhães -

Ipsis Verbis

A ler post de Eduardo Nogueira Pinto n' O Acidental:

(...) O liberalismo mitigado deve ser a aposta da direita para os próximos anos. Em Portugal, país onde o Estado continua a ter uma presença asfixiante em quase todas as áreas, não é ideologicamente complicado a um direitista ser liberal. Mesmo os mais puros conservadores se tornam de bom grado liberais. Há muito pouco para preservar. Há muito para liberalizar. Não se trata de querer privatizar tudo e mais alguma coisa, de acabar com a segurança social e com o sistema nacional de saúde, ou de outros niilismos megalómanos. Trata-se, tão-somente, de repor algum bom senso na coisa pública. Depois de alcançado esse objectivo, depois de reduzido Estado às suas tarefas fundamentais, depois de as políticas essencialmente de direita passarem a ser prática comum, depois de tudo isso, poderemos, então, voltar a ser conservadores. Conservadores-liberais, bem entendido.

Bater no fundo

Segundo notícia do Expresso Sócrates pode ter pedido manipulação de votos.

José Sócrates poderá ter manipulado o voto de apoiantes de Soares para não haver uma segunda volta nas eleições presidenciais. A informação, retirada de um fax com o símbolo da Presidência do Conselho de Ministros, está a circular na Internet e já está a ser investigada pela Procuradoria-Geral da República.

De acordo com o conteúdo do fax, o primeiro-ministro sabia previamente, através de uma sondagem, que Mário Soares ficaria atrás de Alegre nos resultados das presidenciais. Para não ter de apoiar o poeta numa segunda volta, o que «seria um cenário desastroso para o governo», Sócrates pediu «ao núcleo de apoiantes de Soares» que tentassem «influenciar as pessoas mais próximas» para que votassem «em branco ou mesmo no Cavaco». Só assim seria assegurado que não haveria «uma segunda volta» e que o governo não sairia «fragilizado desta eleição».

Uma oportunidade

José Ramos Horta, o tailandês Surakiart Sathirathai , ou o polaco Aleksander Kwasniewski, um destes nomes pode ser, segundo o Finantial Times, o novo Secretário-geral da ONU.

A Escolha do substituto de Kofi Anan joga-se neste momento em Davos.

Para Timor, para a língua portuguesa e porque não, para Portugal seria positivo que Ramos Horta fosse o novo SG da ONU.

É um desafio no qual a diplomacia portuguesa em particular e a lusófona em geral não deverão deixar de participar.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Assim se vê a força do PC















O Google Inc., motor de busca na Internet, iniciou hoje um novo serviço em chinês, após ter aceite as regras de censura impostas por Pequim.
Agora, mesmo com acesso a uma nova versão do Google, os chineses escusam de procurar informação sobre, por exemplo, o massacre de Tiananmen.

O serviço vai restringir a busca de termos controversos, como "independência de Taiwan", "independência do Tibete", a seita religiosa Falun Gong, proibida por Pequim, ou "protestos de Tiananmen", referentes às manifestações pró-democracia de 1989, esmagadas pelo exército chinês.

Assim se vê a força do PC, mas também o poder de quem escolhe a informação a que temos acesso.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Os números das eleições

Cavaco Silva: 2.745.491 votos

Manuel Alegre: 1.124.662 votos

Mário Soares: 778.389 votos

Jerónimo de Sousa: 466.428 votos

Francisco Louça: 288.224 votos

Garcia Pereira: 23.650 votos


NOTA: Cerca de 3,3 milhões de portugueses não usaram o direito de voto nas eleições presidenciais. 38,15 por cento dos eleitores, valor ainda assim bastante inferior ao registado nas presidenciais de 2001 (50,3%).

sábado, janeiro 21, 2006

Resultado das Eleições















Portugal
ganhou!

Uma dúvida...

Se o Irão é o segundo maior produtor mundial de petróleo a seguir à Arábia Saudita... Porquê tanta necessidade do nuclear?

O mundo ao contrário

Aparentemente esta foi uma semana que mostrou o mundo às avessas... Senão vejamos:
Enquanto o chefe da Al-Qaida, Usama bin Laden, enviou uma "mensagem ao povo norte-americano" a oferecer uma trégua,a França admitiu usar armas nucleares contra o terrorismo.

Isto promete

"Eu nunca tinha visto um programa Excel". (desabafo do Procurador Geral da República aos deputados ontem, durante a audição na Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República).




O Baptismo de Cristo, El Greco, 1580, Museu do Prado, Madrid

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Quem se mete com o PS leva

PS prepara congresso contra Alegre
Líder socialista aconselhado a clarificar equilíbrio de forças.
JOSÉ Sócrates prepara-se para antecipar o Congresso do PS a fim de estancar a perturbação esperada na sequência das presidenciais.

Conservador - Liberal

O conservadorismo é uma corrente politico-filosófica que defende que as melhores instituições não são aquelas que resultam de projectos feitos a partir do nada, mas sim de uma evolução gradual e “natural” ao longo dos séculos.

A base do conservadorismo é o pessimismo antropológico, a ideia de que o homem é naturalmente egoísta. Ao contrário dos “progressistas”, que consideram que o homem é naturalmente bom, racional e feliz e que é a sociedade que o torna mau e infeliz (e, portanto, para melhorar o homem, basta melhorar a sociedade), para os conservadores, o homem é egoísta e é a sociedade e os seus hábitos e tradições que moderam e limitam a sua perversidade natural. Assim, para os conservadores, o indivíduo só existe plenamente integrado numa sociedade e numa tradição – o indivíduo abstracto não existe: nós só somos o que somos em função da herança (material e cultural) que recebemos dos nossos antepassados (“Não são os indivíduos que formam a sociedade, mas a sociedade que forma os indivíduos”, diz Louis de Bonald). Esta submissão do indivíduo à sociedade, à primeira vista, poderia aproximar os conservadores dos seus arqui-inimigos, os socialistas e comunistas, mas, na verdade, estamos a falar de coisas diferentes com a palavra “sociedade”: para os socialistas, a “sociedade” são os outros indivíduos, enquanto para os conservadores, a “sociedade” é constituída pelos hábitos,

Após a Segunda Guerra Mundial, o conservadorismo perdeu muita da sua especificidade ideológica, tornando-se uma espécie de liberalismo económico (relativamente moderado) conjugado com um politica externa “forte”.

Nos anos 60/70, por reacção aos protestos estudantis dá-se um renascimento de um conservadorismo mais tradicional, defensor da família, da moral, autoridade, “lei e ordem”, etc. Inclusivamente, muitas pessoas até então de esquerda passaram a considerar-se conservadoras nesse aspecto (os chamados “neo-conservadores”)

Hoje em dia o conservadorismo tende a caracterizar-se por: a defesa “lei e da ordem” e dos valores tradicionais, religiosos e familiares; uma postura forte em política externa; e uma economia liberal. Diga-se que a defesa do liberalismo económico, por vezes, leva alguns conservadores a dizerem coisas que são a antítese do conservadorismo tradicional – p.ex., quando Thatcher disse: “A sociedade não existe, apenas indivíduos e famílias” (em compensação, um dos seus ideólogos emendou a mão escrevendo um texto aonde afirmava que “a sociedade é o berço e não o túmulo da individualidade”, i.e., a posição conservadora clássica).

Conservadorismo e Economia: diferentes tendências
Numa versão simplista, poderemos distinguir duas grandes tendências:


Os conservadores da Europa Continental são (ou melhor, eram) anti-capitalistas e, sobretudo, anti-liberais. O seu ideal é (ou era) uma sociedade de tipo paternalista em que “os pobres respeitam os ricos e os ricos tratam bem dos pobres”.

No pólo oposto, temos o conservadorismo anglo-saxónico, que, por regra, é economicamente liberal: ao contrário dos “conservadores anti-liberais” e dos “liberais anti-conservadores”. A ideia do mercado como uma “ordem espontânea” vai de acordo com a ideia conservadora de que as melhores instituições são a que se desenvolvem gradualmente, e não de acordo com “projectos”.

No caso do conservadorismo americano, esse liberalismo é agravado pelo facto de todas as ideologias americanos serem mais “libertárias” que os seus equivalentes europeus (p.ex., enquanto, durante muitos anos, a extrema-esquerda europeia foi marxista-leninista, nos EUA o predomínio sempre foi para correntes anarquistas ou anarquizantes)

Mas, também este “liberalismo” é diferente do dos liberais: enquanto estes defendem o liberalismo económico em nome dos direitos do indivíduo contra a sociedade, os “conservadores-liberais” defendem-no, em larga medida, porque acham que premeia o trabalho árduo e a poupança, contribuindo, assim, para criar uma cultura de esforço, disciplina, sacrifício e comprimento do dever.

Tanto conservadores anglo-saxónicos como liberais afirmam que o governo não tem capacidade para resolver os problemas económico-sociais.
Não é raro, entre os conservadores de tipo anglo-saxónico, a ideia de que o liberalismo precisa de ser protegido por um certo conservadorismo.

Claro que é muito mais complicado do que uma simples separação geográfica: hoje em dia, cada vez mais os conservadores continentais vão-se convertendo ao liberalismo económico anglo-saxónico (veja-se o apoio de elementos da CDU alemã à “flat tax”, ou a defesa do liberalismo económico por Nicolas Sarkozi na UMP francesa).

Além disso, no século XX, muitos ideólogos de um conservadorismo liberal eram continentais - austríacos (mesmo que imigrados): como o economista Joseph Schumpeter ou Erik von Kuehnelt-Leddihn. Mesmo Hayek, que escreveu um texto a demarcar-se do conservadorismo (“Why I am not a conservative”), a partir dos anos 70 aproximou-se deste, afirmando que o socialismo e a planificação económica derivavam do espírito iluminista de quer reconstruir a sociedade de acordo com a razão, em vez de aceitar o resultado da evolução lenta e não-planeada.

Alguns conservadores:
Bismark, Chesterton, T.S. Eliot, Winston Churchill, Charles De Gaulle, Konrad Adenauer, Ronald Reagan, Margaret Thatcher, James Goldsmith, Pat Buchanan, Andrew Sullivan.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Esses perigosos capitalistas que só sabem... criar empregos!

Ikea vai investir 32 milhões de euros e criar directa e indirectamente 450 novos postos de trabalho em Portugal com a localização de uma nova unidade de produção em Ponte de Lima.

"As qualidades de Manuel Alegre são tantas que não preciso de falar do outro candidato…"

Declarações de Sócrates em comício de Manuel Alegre se houvesse 2.ª volta.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Soares o espírita

Mário Soares questionado, esta quinta-feira, sobre a ausência de José Sócrates na campanha afirmou que o secretário de Estado do PS tem estado consigo «em espírito».

A queda na Suíça de Sócrates teve para ele, pelo menos um aspecto positivo, a vantagem de justificar o seu não aparecimento ao lado de Soares, algo que não é nada conveniente nos tempos que correm...

Ipsis Verbis

A ler artigo de Francisco José Viegas no JN.

(…) não tenho simpatia pelas ideias políticas de Álvaro Cunhal, citarei o seu nome diante do Forte de Peniche ou onde me apetecer. Jerónimo de Sousa, e uma corte de homens carregados de moral, ética e património histórico, investiram contra Manuel Alegre por esse facto. Eu saio a defender Manuel Alegre e seja quem for que alguém queira calar. Portugal está cheio de velhos e de novos estalinistas.

(…) Outro coro de gente vergada à moral, à ética e ao património histórico, apareceu a criticar Cavaco porque em Grândola se cantou "Grândola, Vila Morena", durante a visita que o candidato fez à vila alentejana. Escândalo. Não percebo, senão à distância, a virgindade ofendida. Ora, "Grândola, Vila Morena" foi um dos símbolos do 25 de Abril e, portanto, essa memória é comum e colectiva. Também é minha. Não admito que ma roubem; têm de me pedir licença.

(…) A ideia de que Manuel Alegre não pode citar os nomes que entender e em que circunstâncias entender, ou a de que os apoiantes de Cavaco Silva não podem, em Grândola, cantar "Grândola, Vila Morena", é mais do que absurda. Portugal mantém esses tiques ridículos. De vez em quando, aparece um desses pequenos sacerdotes nos jornais o senhor não pode falar sobre esse assunto; fulano não deve pronunciar-se sobre o outro assunto. Esta vontade de censurar, de proibir e de esganiçar a voz em tom escandalizado, é congénita a parte da alma portuguesa. É um estalinismo demasiado susceptível. E é uma pena.

Quando a realidade ultrapassa a ficção















A Universidade Nacional de Taiwan conseguiu mais um milagre da manipulação genética: A produção de um porco verde fluorescente.
O chefe da equipa que produziu três porcos machos transgénicos (a mesma equipa que já produzira os primeiros peixes transgénicos fluorescentes do mundo) explica que já havia porcos parcialmente fluorescentes, mas que estes são os únicos totalmente verdes.
Até os corações dos três porquinhos de Taiwan são verdes.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Ainda sobre o TGV e a OTA

A companhia aérea espanhola de baixo custo Vueling anunciou hoje a inauguração de um voo diário entre Lisboa e Madrid, a partir de 20 de Fevereiro deste ano.

"O preço do bilhete é de 60 euros, incluindo tarifas, enquanto que o preço de promoção será de 10 euros".

A Vueling, que faz parte de uma nova geração de companhias aéreas, aposta na oferta de um "excelente serviço ao cliente e em bilhetes a preços muito competitivos" para as rotas em que a companhia opera.

"O objectivo da Vueling é o de reduzir para menos de metade o preço médio dos bilhetes praticado pelo resto do dos operadores", explicou o responsável.

P.S.1 Em 2017:
- O preço da viagem em TGV será superior ao preço das Low Cost.
- Acresce a esse valor o preço da viagem entre Lisboa e a OTA.
- Para voar na numa companhia Low Cost será necessário apanhar o avião em Beja.

P. S. 2 O estudo do Governo sobre o TGV refere que o investimento nas infraestruturas não é recuperável e que a linha Lisboa Madrid vai dar prejuizo...

P.S. 3 Bom... Pelo menos os espanhois conseguem o seu objectivo de ter o TGV em toda a peninsula a confluir em estrela para Madrid.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ipsis Verbis

A ler no DN de hoje: Artigo de João César das Neves: As cinco grandes contradições na esquerda que parcialmente se transcreve.

Razões porque não sou de esquerda

Primeiro, uma questão filosófica. Um pobre é sempre pragmático. Os carenciados são astutos gestores dos magros haveres, com uma lucidez e imaginação que ultrapassa a dos grandes empresários.

Segundo, uma questão económica. Na análise económica os disparates são esmagadores.[…]É incrível como o modelo intelectual da esquerda continua a responder à situação industrial de Oitocentos. A luta contra o capital, a visão conflituante da empresa; A defesa da intervenção do Estado, toda paga com impostos dos trabalhadores […].

Terceiro, uma questão mundial. A esquerda nasceu aberta e internacionalista. Depois deixou que esse internacionalismo fosse capturado pelo interesse nacional de potências particulares, URSS ou China, pervertendo a generosa inspiração inicial. Agora, paradoxalmente, virou proteccionista[…].

Em quarto lugar aparece a recente opção da esquerda na luta contra a família. Depois do seu falhanço económico, que fez esquecer velhos mitos da "sociedade sem classes" e "ditadura do proletariado", passou a promover o aborto, eutanásia, uniões de facto, prostituição, casamento e adopção por homossexuais, etc. Estas não são causas dos pobres, mas bandeiras de burgueses debochados em juventude retardada.

Finalmente, surge a velha opção da esquerda contra a religião. Também aqui se trata, não de interesse dos pobres, mas de manias de intelectual pedante. Por causa desta irritação espúria contra a fé, a esquerda tem perseguido e até chacinado milhões de pobres e destruído a base cultural e social da sua vida.