segunda-feira, março 27, 2006

Experiência,"coeiros" e juventude

...«tenha remorso senhor deputado (...) eu lutei pela democracia quando vossa excelência ainda andava de coeiros». (MNE, Freitas do Amaral na AR 01.03.2006)

«Vivemos numa época decadente. Os jovens são a coisa mais inútil deste mundo, uns irreverentes e rebeldes. Estão-se nas tintas para a sabedoria dos velhos, não têm respeito nenhum pelo país. São sintomas duma época em que tudo indica estar próximo do fim do mundo». (É o desabafo de alguém a braços com o derrotismo. Há algo de profundamente consolador nesta frase, a assinatura e a data: Atameu, escriba de Tebas, no Egipto, 2500 ac, ou seja, há quase 4500 anos).

Qual é a coisa qual é ela?

Qual será a corrente de pensamento político que defende a instituição de um sistema de governo onde o indivíduo tenha mais importância do que o Estado, sob a argumentação de que quanto menor a participação do Estado na economia, maior é o poder dos indivíduos e mais rapidamente a sociedade pode se desenvolver e progredir, para o bem dos cidadãos?

Que concepção se caracteriza pela valorização da competição entre as pessoas, do amplo acesso a todos venderem o que produzem num mercado o mais amplo possível, da sociedade que decide o seu nível de consumo ou quanto poupa para a sua velhice; da família que se preocupa com sua a saúde escolhendo os seus próprios médicos ou os professores do seus filhos; além da competição económica em escala mundial como elementos reguladores e promotores de eficiência?

Qual a filosofia acredita que a desigualdade é uma consequência da falta de liberdade que o Estado impõe, ao retirar uma percentagem considerável do vencimento sob a forma de impostos para custear o Estado? - Isso acontece, por exemplo, no caso de um jovem que precisa contribuir desde o início de sua carreira para a Segurança Social. Segundo esta doutrina, a opção de decidir se se poupa ou não para a aposentadoria futura, caberia ao próprio indivíduo.

Que teoria prega ainda o estímulo da economia pela via da criação de empresas pela iniciativa privada, apoiando assim a redução da sua tributação sobre a renda, bem como a respectiva carga fiscal?

Que teoria será esta?
R: A teoria do Bom Senso.

sexta-feira, março 24, 2006

Concordo

Madeira: PSD considera «inoportuno» comemorar 25 de Abril.

Nunca percebi como é que se comemora o 25 de Abril se, a data fundamental da história recente portuguesa foi o 25 de Novembro.
De facto, o que seria de Portugal com o 25 de Abril e sem o 25 de Novembro...

Como perceber se estamos historicamente numa época de decadência

"A nossa agenda em matéria de alargamento de direitos vai começar pelo aborto." (José Sócrates, Jornal Expresso de 4 de Março)

Aqui temos um homem, governante de um país moderno e civilizado, que pretende usar a melhor máquina jamais montada de criação de bem-estar, o Sistema Nacional de Saúde, para arrancar bebés do seio de suas mães. E o faz em nome do "alargamento de direitos"! Não se trata de um bárbaro, mas de uma pessoa inteligente que, de boa-fé, está empenhada na melhoria do seu país. Mas que se prepara para legalizar uma prática vergonhosa que até os selvagens mais boçais sempre consideraram infame. O nosso sofisticado primeiro-ministro é também o líder de uma maioria que quer aprovar a lei da Procriação Medicamente Assistida, que regulará as práticas mais abjectas do Admirável Mundo Novo. Tudo isto é feito com as melhores intenções, em nome dos valores mais elevados.

João César da Neves, DN, 20.03.2006

segunda-feira, março 20, 2006

A incoerência de Sampaio

Ex-ministro Martins da Cruz acusa Sampaio de "contradição" nos casos do Iraque e da Sérvia

sexta-feira, março 17, 2006

Ipsis Verbis

É a esquerda moderna, estúpido!

Este país continua, de facto, a ser um total fantoche ideológico. Trinta e tal anos após a revolução dos cravos e continuamos a apelidar de esquerda tudo o que é bom.

Quando, por algum motivo, se usa o liberalismo (ou ideias liberais) para a resolução de um problema, e para não lhe chamar de direita (porque da direita só vêm coisas más e nunca opiniões valiosas e sérias!) então chama-se-lhe liberalismo de esquerda.

A moda e o fanatismo da esquerda chegaram a tal ponto que os seus personagens usam e abusam de ideias de direita para as fazerem passar por esquerda.

Ser de esquerda implica usar o Estado e os seus poderes para configurar um modelo social conveniente para o país. O primeiro liberal de esquerda, que aposte num Estado pequeno e de direito, na liberdade individual e nos mecanismos de mercado está, portanto, para nascer!
O problema é que o Estado parece ser, neste momento, grande demais e não há soluções para o país que passem por ele. E, por isso, temos que recorrer ao mercado e às ideias de mercado para dar ao Estado o dinheiro que lhe falta por via do «seu Orçamento». Isto é, em todo o lado do mundo, um engodo. Em Portugal chama-se esquerda liberal ou moderna!


José Crespo de Carvalho, No Jornal de Negócios

Quietinhos e caladinhos...

KGB ameaça fuzilar quem se manifestar contra fraudes nas eleições na Bielorrússia.

quarta-feira, março 15, 2006

Retratos (estatísticos) da Esquerda no Sec XXI

Rússia, Public Opinion Foundation, 18-19 Fevereiro 2006, N=1500

In your view, did Josef Stalin play a positive role or a negative role in Russian history?

Positive:47%
Negative:29%
Hard to answer:24%

(Do Margens de erro)

segunda-feira, março 13, 2006

"Portugueses fundamentais"

Cem mil portugueses estão classificados como «fundamentais para o país», dado os cargos que ocupam, e por isso irão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves, anunciou a sub-directora geral da Saúde.

quinta-feira, março 09, 2006

Ipsis Verbis

Quotas no parlamento

Ontem ouvi o Primeiro Ministro dizer que estava a pensar impor, por via da lei, as quotas de mulheres nos grupos parlamentares. E como justificação disse que as mentalidades só se mudam por via da lei.Eu nunca fui muito favorável ao sistema de quotas, quer seja de mulheres, licenciados, homens, não licenciados, do interior, do litoral, sei lá. Sempre fui de opinião que as pessoas estavam na política porque gostavam e ocupavam os cargos por mérito. E também penso que devemos alterar as mentalidades dando o exemplo.O governo não pensa assim, pensa que devemos alterar as mentalidades pela lei. Eu comprrendo porquê. Em 16 ministros 2 são mulheres e em 35 secretários de estado são 3. é Mais fácil escrever na lei que dar o exemplo, não é?

Do: Office Lounging

quarta-feira, março 08, 2006

Retratos da Esquerda no Sec. XXI










Castro e Mugabe

Retratos da esquerda no Sec. XXI












Kim Jong-il

terça-feira, março 07, 2006

Dia da Internacional Mulher

Para trabalho igual, salário e direitos iguais... Sem dúvida!
Mas já agora... E para trabalho sem qualidade, Senhora jornalista do Público, Ana Cristina Pereira?

Assim vai a esquerda no Sec. XXI

segunda-feira, março 06, 2006

Ipsis Verbis

A riqueza das nações de Adam Smith foi talvez a obra que mais me marcou enquanto aluno na universidade, por isso esta citação em tamanho XXL. Um livro essencial para compreender o mundo.

Um mundo que afinal funciona bem de João César das Neves no DN

Na próxima quinta-feira fará 230 anos que foi publicado um livro(...): o Ensaio sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, do filósofo escocês Adam Smith. (...) A obra ficou famosa como fundadora de uma nova ciência, a economia.

Vale a pena citar o exemplo do autor: "Não é da bondade do homem do talho, do cervejeiro ou do padeiro que podemos esperar o nosso jantar, mas da consideração em que eles têm o seu próprio interesse" (Smith (1776) livro I. cap. 2). O meu jantar depende de uma enorme quantidade de pessoas, dos que cultivam os vegetais até aos que tiram da terra o metal dos talheres, modelam o copo ou o fogão, extraem o gás natural. Toda esta multidão precisa de trabalhar para que eu possa jantar. Mas a única pessoa no mundo interessada no meu jantar... sou eu. Por que razão se realiza tanto esforço? Porque é que o mundo funciona bem?

(…)
Este paradoxo do meu jantar chega para combater a noção, hoje dominante, de que o altruísmo e o egoísmo são opostos e que cada pessoa tem de escolher entre ser boa para si ou para os outros, entre ser feliz ou virtuosa. (...)O mundo não é uma luta entre átomos opostos que se devoram mutuamente, mas um local variado de confronto e cooperação, amizade e discussão. Muitas vezes, como o padeiro e o cervejeiro, as pessoas ajudam-se a si mesmas ajudando os outros.

Mas a questão da ética coloca-se a outro nível. Smith notou que cada um, ao fazer o que acha que deve fazer, tem efeitos benéficos sobre os demais. Mas o problema ético coloca-se naquilo que se acha que se deve fazer, na atitude perante a vida, não na estrita ponderação das consequências. Um traficante de droga dá de comer a muitos pobres e o médico prejudica vastas regiões produtoras de tabaco. Até um rio, correndo para a foz, irriga todas as terras, sem que isso faça dele egoísta ou altruísta.

Com Smith aprendemos que até das más intenções anda o progresso feito, sem deixarem de ser más e progressivas. Daqui se pode deduzir aquilo que os últimos 230 anos mostram claramente: o progresso pode levar-nos ao inferno, se cuidarmos mais das interacções do que das intenções.

Jorge Sampaio - Como foi possivel...

Esta é a semana em que se termina a década em que Jorge Sampaio esteve na presidência da república.

Dez anos se passaram, no entanto o meu sentimento continua o mesmo da noite das eleições em Janeiro de 1996… Não sei como foi possível ter sido eleito! Que méritos tinha, que currículo, o que é que os portugueses lhe reconheciam há dez anos... ser presidente da Câmara de Lisboa Secretário-geral do PS... é pouco... demasiado pouco e estes dez anos confirmaram isso mesmo.

A eleição de Cavaco da forma como foi eleito mostram que os portugueses sabem do que estou a falar e sentem o que estou a sentir. A sensação é a de que os últimos dez anos foram uma década perdida…

sábado, março 04, 2006

Anúncio - Café do Museu Van Gogh



A genialidade deste anúncio está no facto da sua compreensão requerer a bagagem cultural possuida pelos seus potenciais consumidores.